Um panorama realista do mercado de locação de máquinas e equipamentos em 2017 foi apresentado para mais de 120 empresários do setor em setembro, na cidade de Fortaleza, Ceará, durante o 3º ENRCE – Encontro do Rental Cearense, organizado pelo Sindileq local. O evento reuniu ainda os representantes regionais da ANALOC – Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Máquinas, Equipamentos e
Ferramentas.

No encontro, Eurimílson Daniel, vice-presidente da SOBRATEMA – Associação Brasileira de Tecnologias para Construção e Mineração e secretário da Analoc, apresentou um panorama atual e os riscos do mercado em crise.

De acordo com Daniel, o Brasil conta hoje com um total de 17 mil empresas do setor de locação de equipamentos, sendo 4300 do setor de Linha Amarela, e, 10.500 da Linha Leve entre outros. Assim como as demais áreas, o faturamento no setor de locação equipamentos sofreu uma queda acentuada ao longo desses últimos cinco anos. Em 2013, o faturamento que era de 12,5 bilhões, caiu para 4,5 bilhões, em 2017.

A Linha Amarela chegou a representar 45% do segmento, tendo queda para 35%.Com relação aos empregos no setor, o número saiu de 205 mil pessoas no mercado em 2012, para 75 mil em 2017.

Além dos números, Daniel falou sobre perspectivas, programas de parcerias, investimentos e os projetos prioritários que podem voltar a aquecer o setor gradualmente.

Marco Aurelio de Cerqueira, do Sindileq Minas Gerais e também diretor da Analoc, trouxe uma contribuição importante para o evento do Ceará. Falando sobre como gerenciar uma empresa de locação em momentos de crise, Marco Aurélio abriu fazendo uma analogia com a experiência do furacão Irma que havia enfrentado uma semana antes, nos Estados Unidos, ressaltando a postura das pessoas e principalmente do governo americano ao orientar e acalmar uma situação que poderia ter sido muito pior. Marco Aurélio falou de gestão, e da responsabilidade das empresas e dos governos e modelos mais adequados de negócios para locação de equipamentos de linha leve e equipamentos pesados. Custos operacionais, rentabilidade x lucratividade, preços mínimos, planejamento, reinvestimentos foram alguns dos temas tratados de forma objetiva e bem humorada.

Fábio Cavalcanti, presidente do Sindileq do Ceará, traçou um panorama local e reforçou que, apesar do PIB cearense ter crescido 2,37% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, o caminho está na participação cada vez maior e no engajamento das empresas no Sindileq. Em Fortaleza, o sindicato anunciou que acabou de ganhar uma liminar em que não são mais obrigados a recolher para o fisco municipal.

“Ainda temos muito o que avançar. Mas essa foi uma vitória importante.O setor da construção é fundamental para a retomada do crescimento no país e só vamos conseguir crescer novamente se deixarmos de valorizar a cultura do ‘eu’
e caminharmos com a cultura do ‘nós’. O Sindileq Ceará trabalha nesse sentido desde a sua fundação.”

ANALOC e ABELME

A Analoc, fundada em 2012, foi criada para ser representante do setor de locação e assumir a missão de integrar as ações do rental no Brasil, agregando todas as associações regionais de locadores de equipamentos.

A entidade está presente em 9 estados do país, representada por 11 entidades, entre elas a ABELME, e tem como objetivo unir a cadeia dos locadores por meio das entidades, difundir as informações e fomentar o desenvolvimento.

Considerado um dos principais termômetros para o segmento de equipamentos de construção, o rental, encontrou no associativismo e nas boas práticas de gestão, uma das melhores alternativas para supera-la. A mobilização do evento do Ceará foi mais uma prova disso.

A Abelme é associada da Analoc desde a sua fundação. Em fevereiro 2017 sediou com sucesso uma das reuniões anuais que integrou todos os representantes da Analoc.